Guêthie, o anjo exterminador
Eu estava na porta do meu prédio dando o último trago no cigarro e olhando os carros que passavam em disparada na direção do rio. As luzes dos faróis me incomodavam ao cortar o ar escuro e denso da noite e espocar dentro dos meus olhos sonolentos. “Que esses carros despenquem lá de cima da ponte e desapareçam no fundo do rio”, eu fiquei pensando, sentindo o gosto amargo do cigarro na minha boca. Joguei a guimba no chão e pisei nela com o sapato fazendo movimentos circulares c
O plano
Estávamos descendo a estradinha do morro das orquídeas. Uns fiapos de nuvens surgiam de repente sobre as nossas cabeças, faziam um...
A arte que liberta
“A arte nos liberta da realidade atroz”, eu vim pensando enquanto descia a rua. Contemplava com profunda melancolia a sordidez da...
O contador de estórias sublimes em teatrinhos obscuros
Dessa vez me convidaram para ler um conto numa cidadezinha melancólica cravada na corcova de um morro. Cheguei no crepúsculo, um sol bola...
A outra lua
Era uma lua muito redonda e clara que vinha brotando por detrás das casinhas raquíticas lá do outro lado da rua. Eu ia e vinha até a...




